quarta-feira, 19 de outubro de 2011



Médicos devem ter cuidado com as palavras usadas ao falarem de obesidade infantil



Médicos conversando com pais de crianças obesas devem ser cuidadosos com suas escolhas de palavras. De acordo com uma nova pesquisa desenvolvida na Universidade Yale (EUA), pais se sentem ofendidos quando médicos utilizam expressões fortes ao abordarem o problema da criança. Como os pais se sentem nessa ocasião pode afetar a forma como eles escolhem lidar com o sobrepeso do filho.
“Pediatras e médicos realmente desempenham um papel importante em se tratar de prevenção da obesidade e tratamento, mas os seus esforços de prover cuidados de qualidade podem ser limitados se eles usam linguagem estigmatizante”, afirma a autora do estudo, Rebecca Puhl.
A pesquisa envolveu 445 mães e pais que foram questionados em relação a algumas palavras e expressões que médicos poderiam usar em uma consulta. Os questionários mostraram que termos como “obeso” e “gordo” eram vistos pelos pais como indesejáveis e estigmatizantes, e termos como “peso insalubre” são preferíveis. Outras expressões que foram mais bem recebidas foram “IMC alto”, “problema com peso” e “sobrepeso”, quando comparadas a “gordinho”, etc.
Um fator que pode complicar essas situações é o peso dos próprios pais. Frequentemente, pais de crianças obesas também têm problemas de controle de peso. Isso faz com que eles sejam mais sensíveis às palavras usadas para a abordagem do assunto. Se os pais se sentem desconfortáveis, eles podem ter reações negativas à consulta, passando até mesmo a evitá-las.
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